Laboratório de Arqueologia e Conservação do Património Subaquático
Actividades
Atualmente 2021-2024 encontra-se a desenvolver os seguintes projetos de investigação:
As mesas-redondas, palestras, ou outros meios de divulgação local também estão previstos, sobretudo relacionados ou a ocorrer em espaços informais como bibliotecas, escolas, espaços associativos ou até em cafés/bares da região. Associados a estas ações está pensado o desenvolvimento de diversos folhetos ilustrativos e explicativos sobre diversos temas sobre o património e sobre os trabalhos práticos desenvolvidos na região, nomeadamente será elaborado e publicado um roteiro/folheto, por ano, com informações acerca dos dados registados durante o projeto, divulgando o que sem vindo a fazer, sensibilizando a população para a temática histórico-arqueológica.
Para além desta disseminação esperamos cumprir objetivos de disseminação a nível nacional e internacional, quer pela apresentação de comunicações, quer pela publicação de artigos científicos.
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Descrição resumida dos projetos principais:
PIPA: MEDICE - área de intervenção Alvaiázere (Leiria). O projeto encontra-se aprovado pela DGPC - Projeto: Memórias, Dinâmicas e Cenários da Pré-história à Época Clássica.
Objetivos: Estudo e intervenção de diversos sítios arqueológicos registados no concelho de Alvaiázere, desde a pré-história à época romana. Entre os locais destacamos a cavidade Algar da Água (localizada na serra de Alvaiázere), que pela extraordinária potência estratigráfica e proximidade regional permitirá uma correta analogia com os dados simbólico-rituais registados dos trabalhos desenvolvidos no Complexo Megalítico de Rego da Murta, também realizados pela equipa de projeto. Assim, pretende-se com estes trabalhos buscar as diferenças e as semelhanças dos possíveis rituais presentes nos dois tipos de espaços/monumentos, bem como percecionar as praxis existentes na ocupação destes sítios. De salientar que os estudos desta cavidade permitiram destaca-la nas investigações da comunidade científica arqueológica, pois trata-se do único exemplar em cavidade que até ao momento possui arte rupestre filiforme atribuída à idade do ferro, sendo extraordinariamente relevante, para alem de todos os outros dados sobre a ocupação regional neste período para a compreensão da proto-história em Portugal.
Publicações associadas:
Figueiredo, A., Rolão, J., Saraiva, R., Monteiro, C., & Pinto, R. (2014). Resultados das prospeções arqueológicas nas cavidades do Alto Nabão (Leiria - Centro de Portugal). Revista Memorare, 1(2), 1-26. ISSN 2358-0593. http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/memorare_grupep/article/view/2381/1692
Figueiredo, A., Tognoli, A., Monteiro, C., Saraiva, R., Gonçalves, R., & Figueiredo, S. (2014). O sítio de habitat pré-histórico de Loureira (Alvaiázere – Leiria – Centro de Portugal). Revista Memorare, 1(3), 52-67. ISSN 2358-0593. http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/memorare_grupep/article/view/2512/1795
Monteiro, C., & Figueiredo, A. (2014). Contribuição da radiação ultravioleta na investigação e deteção de micro-contextos arqueológicos. Revista de Arqueologia, 18(2), 131-135. http://www.almadan.publ.pt/18_2_IndiceADENDA.htm
Figueiredo, A. (2017). Cenários, dinâmicas e rituais na pré-história recente na região do Nabão. Cadernos de Estudos Leirienses, 13. Texinverso. ISSN 2183-4350.
Figueiredo, A., Frazão, K., Monteiro, C., Tognoli, A., & Santos, D. (2017). Abordagens preliminares sobre o sítio arqueológico XIII, Complexo Megalítico Rego da Murta, Alvaiázere, Distrito de Leiria, Portugal. Revista Antrope, 8.
Figueiredo, A., & Berezowski, W. (2017). A Educação Patrimonial como via para uma comunidade arqueologicamente mais consciente: O caso do complexo megalítico de Rego da Murta - Portugal. Revista TEMPORIs[ação], 17, 65-87. http://www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/5842/4661
Figueiredo, A., Coimbra, F., Monteiro, C., & Ribeiro, N. (2017). Preliminary analysis of the rock art from Buracas da Serra, Alvaiázere (Portugal). Revista Cuadernos de Arte Prehistórico, 4.
Figueiredo, A. (2019). Comportamentos simbólicos e deposições funerárias na pré-história recente na região de Alvaiázere. In Actas do Colóquio: Práticas Funerárias e Atitudes perante a Morte na Região Centro da Pré-História ao Presente.
Figueiredo, A., Vilas-Estévez, B., & Silva, F. (2018). O Planeamento e Orientação do Rego da Murta Dolmens (Alvaiázere, Portugal). Proceedings of the Prehistoric Society, 84, 207-224. DOI: https://doi.org/10.1017/ppr.2018.4
Figueiredo, A. (2019). O sítio arqueológico Algar da Água (Alvaiázere) - Resultados de 2017 a 2019. Monografia Arqueológica. Edição: IPT, LABACPS, CAAPortugal e CMAlvaiázere. ISBN 978-989-8840-40-0.
Figueiredo, A. (2019). Later prehistoric funerary practices in the Nabão Valley in the Rego da Murta Megalithic Complex. In C. Scarre & L. Oosterbeek (Eds.), Megalithic Tombs in Western Iberia (pp. xx-xx). Oxbow Books. ISBN 978-1-78570-980-7.
Peliano, S., & Figueiredo, A. (2020). Deambulando sobre o mecanismo gerador de identidade: o nosso pensamento e o património sustentado. Boletim do Centro Português de Geo-História e Pré-História, 2(2).
PIPA: CARACA - área de intervenção Caldas da Rainha (Leiria). O projeto encontra-se aprovado pela DGPC - Projeto: Carta Arqueológica das Cladas da Rainha.
Objetivos: Estudo, pesquisa e desenvolvimento de uma carta arqueológica das Caldas da Rainha, projeto fundamental para o município no sentido da salvaguarda e valorização patrimonial desta região e compreensão dos impactos patrimoniais. A gestão do território de que os municípios são responsáveis, onde se integra a componente de análise patrimonial, só é possível se se atender aos diferentes elementos, nomeadamente o reconhecimento e localização das antigas áreas de ocupação, zonas já muito destruídas e algumas sem estruturas visíveis, bem como dos vestígios que estas guardam e que permitem reconstruir a história do concelho. A compreensão e o reconhecimento dos pontos de interesse e das zonas de maior ou menor viabilidade histórico-arqueológica garantirá uma melhor organização territorial, permitindo logo à partida a salvaguarda prévia e o desenvolvimento das melhores estratégias. O desenvolvimento deste trabalho culminará, no final, na publicação dos dados em livro e meio digital de acesso público, tendo já sido publicado dois livros: Moinhos das Caldas da Rainha e Lendas das Caldas da Rainha.
No que se refere à carta arqueológica, no início do projeto eram conhecidos 33 sítios atualmente já ultrapassados os 80 sítios inventariados.
Publicações associadas:
Figueiredo, A., & Bernardes, I. (2014). The importance of GIS in underwater archaeology. In A. Figueiredo, G. Rambelli, & F. Calippo (Eds.), Underwater archaeology, coastal and lakeside (BAR International Series, Vol. 5, pp. xx-xx). Archaeopress Oxford. ISBN 978 1 4073 1268 2. http://www.archaeopress.com/ArchaeopressShop/DMS/C137CBB78994438EB6229049F40B6097/Pages%20from%202631%20Figueredo%20text.pdf
Figueiredo, A., Rolão, J., Saraiva, R., Monteiro, C., & Pinto, R. (2014). Resultados das prospeções arqueológicas nas cavidades do Alto Nabão (Leiria - Centro de Portugal). Revista Memorare, 1(2), 1-26. ISSN 2358-0593. http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/memorare_grupep/article/view/2381/1692
Figueiredo, A., Tognoli, A., Monteiro, C., Saraiva, R., Gonçalves, R., & Figueiredo, S. (2014). O sítio de habitat pré-histórico de Loureira (Alvaiázere – Leiria – Centro de Portugal). Revista Memorare, 1(3), 52-67. ISSN 2358-0593. http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/memorare_grupep/article/view/2512/1795
Monteiro, C., & Figueiredo, A. (2014). Contribuição da radiação ultravioleta na investigação e deteção de micro-contextos arqueológicos. Revista de Arqueologia, 18(2), 131-135. http://www.almadan.publ.pt/18_2_IndiceADENDA.htm
Figueiredo, S., Cunha, P. P., Anastácio, R., Antas, M., Figueiredo, A., Martins, A., Ferreira, S., Sousa, F., & Coimbra, F. (2016). Carta Arqueológica do Concelho da Golegã: dados preliminares. Revista Açafa on-line, 11, 42-54.
Figueiredo, A. (2017). Cenários, dinâmicas e rituais na pré-história recente na região do Nabão. Cadernos de Estudos Leirienses, 13. Texinverso. ISSN 2183-4350.
Figueiredo, A., & Berezowski, W. (2017). A Educação Patrimonial como via para uma comunidade arqueologicamente mais consciente: O caso do complexo megalítico de Rego da Murta - Portugal. Revista TEMPORIs[ação], 17, 65-87. http://www.revista.ueg.br/index.php/temporisacao/article/view/5842/4661
Figueiredo, A., & Monteiro, C. (2017). Estudo das cerâmicas azulejares exumadas da praça da República das Caldas da Rainha, Leiria (Portugal). Revista Memorare, 4(3), 182-208.
Figueiredo, A., Lopes, R., Simões, S., Monteiro, C., & Silveira, A. (2017). A memória como ferramenta de pesquisa e investigação arqueológica. In Atas Arqueologia em Portugal, 2017. Estado em questão (pp. 227-235). Associação dos Arqueólogos Portugueses. ISBN 978-972-9451-71-3.
Figueiredo, A., Lopes, R., & Silveira, A. (2018). Educar os mais jovens para o património cultural. CMCR, publicação do projeto CARACA. Site Município Caldas da Rainha.
Figueiredo, A., & Lopes, R. (2018). Moinhos das Caldas da Rainha. CMCRainha, CAAPortugal e IPT LABACPS. ISBN 978-989-8840-24-0. http://www.cm-caldas-rainha.pt/webcenter/ShowProperty?nodeId=%2Fucmserver%2FMCR025814%2F%2FidcPrimaryFile&revision=latestreleased
Figueiredo, A., & Lopes, R. (2019). Lendas e fotografias antigas das Caldas da Rainha. CMCRainha, CAAPortugal e IPT LABACPS. ISBN 978-989-8840-34-9. http://www.cm-caldas-rainha.pt/webcenter/portal/mcr/viver/page13?_adf.ctrl-state=zwv7ad24n_5&wc.contextURL=%2Fspaces%2Fmcr&lado=esquerda&hide=s&_afrLoop=5928454042118494#!
Figueiredo, A., Monteiro, C., Silveira, A., & Lopes, R. (2020). Análise do conhecimento histórico-arqueológico da população juvenil no concelho das Caldas da Rainha. Boletim do Centro Português de Geo-História e Pré-História, 2(2). https://www.cpgp.pt/boletim.php
Atividades de Educação Patrimonial ESCOLA AZUL
Objetivos: A Escola Azul é um programa educativo que tem como missão promover a Literacia do Oceano em Portugal. Este programa nacional distingue e orienta as escolas portuguesas que trabalham nesse âmbito, criando uma comunidade de Literacia do Oceano, que aproxima escolas, professores, alunos, setor do mar, municípios, universidades e outras entidades com papel ativo na educação marinha. A Escola Azul tem ainda como missão integrar as diferentes ações de educação marinha desenvolvidas em Portugal numa estratégia única e integrada, capaz de envolver todos os atores em torno da promoção da literacia do oceano em Portugal. A Escola Azul, como programa educativo de literacia do oceano, segue as orientações da Estratégia Nacional para o Mar e da Estratégia Nacional para a Educação de Cidadania e está de acordo com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Segue os princípios orientadores da Literacia do Oceano ( EUA e UNESCO) e as recomendações previstas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 4 (Educação de Qualidade) e 14 (Proteger a Vida Marinha) e 17 (trabalhar em parceria) da Organização das Nações Unidas.
Para alem da relação de parceria com a Escola Azul, no âmbito dos projetos de arqueologia pressupõem-se atividades de educação patrimonial, que estão intimamente relacionados com a difusão dos resultados inferidos pelo desenvolvimento dos mesmos. Esta função dupla permitirá um reconhecimento da comunidade no sentido da perceção do nosso trabalho e logo contribuirá para uma maior colaboração, que terá sempre um impacto positivo no sucesso dos projetos plurianuais, bem como garantirá uma maior formação cívica para a valorização deste e sua proteção. Iremos explorar dinâmicas de consciencialização na sociedade, criando estratégias diversas, que muitas poderão não estar previstas nas linhas seguintes, mas que poderão ir ao encontro da diversidade de elementos que caracterizam a sociedade, sejam aspetos das suas tradições, hábitos, e/ou conhecimentos sobre património. As atividades de educação patrimonial que consideramos desenvolver permitem criar processos ativos de conhecimento nas comunidades, permitindo a valorização da sua herança através de um melhor entendimento do passado e dos fatores que com eles estão relacionados. Este aumento de respeito e sensibilização garantirá uma sociedade mais justa e conhecedora do seu meio, capacitando-os para um melhor usufruto desses bens, e propiciando a construção e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural. É neste sentido que parte dos nossos esforços serão investidos em atividades de formação e educação local, que decorrerão ao longo dos 4 anos, serão expressos por folhetos, palestras, jornadas ou workshops, devidamente equacionados e elaborados conforme a faixa etária e os objetivos que se pretendem atingir com cada um.
O último projeto em que colabora é o Oceano faz-nos falta.
Participação em programas ativos jovens - Ciência Viva
Desenvolvimento de programas de trabalho de estágio em projetos científicos para a participação de jovens do 10º ao 12º ano. (Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnologia), de forma a que os participantes conheçam a ciência da arqueologia e ao mesmo tempo sensibilizando-os para o património cultural.